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Plicomectomia a Laser

Plicomectomia a Laser

A plicomectomia a laser é um procedimento minimamente invasivo para remover plicomas anais (excesso de pele perianal), comuns após processos inflamatórios como hemorroidas ou fissuras. Em 2025, o uso do laser de CO₂ permite ressecção precisa, hemostasia e melhor controle da dor, com rápida recuperação e resultado estético discreto quando bem indicado e executado.

O que é plicoma anal e por que ele aparece?

Plicomas anais são pregas de pele macias na borda do ânus, geralmente sequelas de inflamação prévia (hemorroidas, fissuras) ou microtraumas. Não são tumores nem ISTs. Podem causar desconforto, dificuldade de higienização, coceira e constrangimento estético. A remoção é indicada quando há sintomas, higiene difícil ou queixas funcionais/estéticas.

O plicoma resulta de edema cicatricial e redundância cutânea após crises hemorroidárias, fissuras ou dermatites perianais. Embora seja benigno, pode acumular secreção, favorecer prurido e gerar insegurança durante evacuação ou vida íntima. Diferencia-se de condiloma (lesão viral) e de papilas hipertróficas internas. O diagnóstico é clínico, feito por proctologista, que pode associar anuscopia e exame proctológico completo para descartar doenças concomitantes.

Quando a plicomectomia a laser está indicada?

Indica-se plicomectomia a laser quando há sintomas persistentes (coceira, dor leve por maceração), higiene difícil, recorrência de dermatites, sangramentos ocasionais por trauma local ou incômodo estético relevante. Também se considera em plicomas grandes, múltiplos, fibrosados ou associados a queixas funcionais, desde que outras doenças anorretais estejam controladas.

Antes da remoção, o proctologista avalia fissuras ativas, hemorroidas, dermatites e doença inflamatória intestinal. Em fissura crônica, por exemplo, tratar a causa primeiro pode evitar recidiva do desconforto. Em gestantes ou puérperas, muitas vezes recomenda-se aguardar estabilização hormonal/tecidual. A decisão é individualizada conforme sintomas, tamanho, localização e expectativas.

Como funciona a plicomectomia a laser (CO₂)?

O laser de CO₂ vaporiza e corta com alta precisão, selando pequenos vasos (hemostasia) e minimizando trauma térmico adjacente. Em consultório ou centro cirúrgico ambulatorial, sob anestesia local, o cirurgião contorna e resseca o plicoma, dispensando, em muitos casos, suturas. O tempo total costuma ser curto e a alta é no mesmo dia.

O feixe do CO₂ interage com a água dos tecidos, produzindo vaporização controlada. Isso reduz sangramento e melhora o campo visual. Em série prospectiva recente no Brasil, a ressecção de plicomas com laser CO₂ e anestesia tópica/infiltrativa mostrou segurança, baixa dor e alta satisfação, reforçando a viabilidade ambulatorial do método. 

Quais são os benefícios do laser em relação à técnica convencional?

Benefícios frequentes: corte preciso, menor sangramento intraoperatório, potencial de menos dor no pós, possibilidade de evitar pontos em casos selecionados e recuperação prática. Para pacientes, isso se traduz em retorno rápido às rotinas e boa qualidade estética quando os cuidados pós-operatórios são seguidos. 

  • Hemostasia superior: menor sangramento durante o ato. 
  • Trauma reduzido: lesão térmica adjacente limitada quando bem parametrizado.
  • Dor potencialmente menor: relatada em séries contemporâneas de cirurgia laser em proctologia.
  • Ambulatorialidade: procedimento em consultório/cirurgia-dia.

Existem riscos e efeitos colaterais?

Sim. Ainda que baixos, podem ocorrer dor, edema, sangramento leve inicial, infecção rara, hipersensibilidade local e cicatrização mais lenta em indivíduos predispostos. Hiperpigmentação transitória e cicatriz perceptível são possíveis. Má indicação ou pós-operatório inadequado aumentam riscos, por isso a avaliação e o seguimento com proctologista são essenciais.

Complicações importantes são incomuns em mãos experientes. Dor costuma ser controlável com analgésicos simples. Pacientes com diabetes descompensado, imunossupressão ou tendência a queloide requerem plano específico. Infecção é rara com higiene adequada e orientações claras. Ajustes finos de energia/tempo de disparo reduzem risco de dano térmico.

Como me preparo para a plicomectomia a laser?

Geralmente não é preciso preparo intestinal amplo. Recomenda-se banho no dia, depilação apenas se orientada, uso de roupas confortáveis, levar absorvente/gaze e alinhar medicações (anticoagulantes, AAS) com o médico. Dieta rica em fibras e hidratação na véspera ajudam a manter fezes macias no pós-operatório.

Desenvolvimento (checklist):

  • Revisar histórico médico e alergias.
  • Ajustar anticoagulação conforme risco trombótico (individualizado).
  • Fibras + água desde a véspera; considerar psyllium.
  • Providenciar analgésicos e higiene suave (lenços/pomadas prescritas).
  • Organizar acompanhante para retorno para casa.

Como é o passo a passo do procedimento?

Após marcação em posição confortável, aplica-se anestesia local (tópica + infiltrativa). O cirurgião contorna o plicoma com CO₂ e o remove, realizando hemostasia com o próprio laser. Em casos selecionados, não há pontos. Curativo simples é aplicado e o paciente recebe alta com orientações de higiene e analgesia. 

O tempo médio varia de minutos a meia hora, conforme número e tamanho de plicomas. Exame final verifica hemostasia. Em múltiplas lesões, pode-se dividir em sessões para conforto. Orientações escritas e canal de contato agilizam manejo de dúvidas no pós.

Dói? Que tipo de anestesia é utilizada?

Durante o procedimento, a anestesia local (e, às vezes, sedação leve) controla bem a dor. Após o efeito, pode haver desconforto leve a moderado por alguns dias, geralmente manejado com analgésicos simples e medidas locais. A maioria dos pacientes retoma atividades leves rapidamente. 

Estudos ambulatoriais com laser CO₂ relatam baixo consumo de opioides e boa tolerância. Estratégias como analgesia antecipada, orientação sobre evacuação sem esforço e higiene cuidadosa reduzem o incômodo global. 


Como é a recuperação e quanto tempo leva para cicatrizar?

A recuperação costuma ser rápida: desconforto reduzindo nos primeiros dias, retorno a rotinas leves em 24–72 horas e cicatrização progressiva em 2–4 semanas, variando conforme tamanho/quantidade de plicomas e cuidados. Higiene adequada, fezes macias e evitar atrito são pilares para bons resultados. 

Gelo local é frequentemente recomendado por cirurgiões; evidências sobre dor/cicatrização são mistas, mas o conforto relatado é alto. 

Quais cuidados devo ter no pós-operatório?

Mantenha fezes macias (fibras, água), higiene suave após evacuar, evite esforço, uso de papel seco vigoroso e atividades que aumentem atrito. Sinais de alerta: febre, sangramento intenso, dor desproporcional, secreção purulenta ou dificuldade para evacuar. 

Desenvolvimento (lista prática):

  • Evacuação sem esforço: fibra (20–30 g/dia) e hidratação.
  • Higiene: água morna, lenços umedecidos sem álcool; secar sem fricção.
  • Atividades: retomar leves em 1–3 dias; evitar bike/corrida conforme conforto.
  • Medicações: analgésicos conforme prescrição; evitar pomadas não indicadas.

Os resultados são permanentes? E o aspecto estético?

O plicoma removido não volta. Porém, novos plicomas podem surgir se persistirem fatores como hemorroidas ativas, constipação e atrito. Em geral, o resultado estético é discreto, com cicatriz pouco perceptível quando os cuidados são adequados e a técnica é precisa. Controle das causas reduz recidivas.

Casos complexos (múltiplos, fibrosados) podem demandar abordagem em etapas. 

Em fototipos altos, discuta risco de hiperpigmentação pós-inflamatória (HPI) e técnicas de redução de atrito.

Laser, radiofrequência ou excisão “fria”: qual é melhor?

A escolha depende do caso e da experiência do cirurgião. O CO₂ oferece corte preciso e hemostasia; radiofrequência também funciona bem; a excisão fria é consagrada. Em estudos de proctologia, lasers tendem a menos dor e retorno rápido, mas a decisão é individualizada. 

Tabela comparativa (síntese):

TécnicaVantagensDesvantagensCenários comuns
CO₂ (laser)Corte preciso, menos sangramento, potencial menos dor, ambulatorialCusto de equipamento, curva de aprendizadoPlicomas selecionados, busca por recuperação prática 
RadiofrequênciaRessecção/coagulação eficazes, disponívelPode gerar calor difuso se mal reguladoAlternativa quando laser não disponível
Excisão friaTradicional, ampla experiênciaMaior sangramento intraop., necessidade de sutura mais frequentePadrão em muitos serviços

Quem não deve fazer plicomectomia a laser?

Contraindicações relativas: infecção ativa local, doenças anorretais agudas não tratadas (fissura/abscesso), alterações severas da coagulação, imunossupressão descompensada, controle glicêmico ruim e expectativa estética irrealista. Na gestação, costuma-se postergar salvo necessidade extrema; avalie caso a caso com o especialista.

Pacientes em anticoagulantes/antiagregantes exigem estratégia multiprofissional para minimizar risco trombótico/hemorrágico. Em dermatites intensas, primeiro trata-se a pele e reavalia-se a necessidade de plicomectomia.

Como a evacuação e a higiene influenciam no resultado?

Fezes macias e higiene suave são determinantes para conforto e cicatrização. Constipação e papel seco vigoroso agravam dor e irritação, favorecendo trauma local. Ajustes de dieta, água e, se indicado, fibras/amaciante fecal ajudam no retorno mais rápido às rotinas. 

A orientação pós-operatória de centros de referência geralmente inclui higiene com água morna e secagem delicada, uso de lenços sem álcool e, quando indicado, banhos de assento pelo conforto do paciente. 

O que dizem os estudos mais recentes sobre plicomas e laser?

Relatos e séries contemporâneas apontam a plicomectomia com CO₂ como eficaz, segura e ambulatorial, com dor e sangramento reduzidos e alta satisfação. Em proctologia, terapias a laser mostram tendência a menos dor e recuperação rápida, embora estudos comparativos ainda cresçam. 

Desenvolvimento (highlights 2023–2025):

  • Série brasileira prospectiva: alta satisfação, baixa dor, cirurgia ambulatorial com anestesia local.
  • Revisões de laser em coloproctologia sugerem menos dor e retorno rápido em várias indicações (hemorroidas, fissuras) — inferência cautelosa para plicomas.

Vida íntima, exercícios e retorno ao trabalho

Atividades leves e trabalho de escritório: geralmente em 1–3 dias. Esportes de atrito (bike/corrida) e vida íntima anal: retomar só após cicatrização confortável, guiado pelo médico. Em média, 2–4 semanas, variando com extensão da cirurgia e sensibilidade individual. 

O critério é ausência de dor/hipersensibilidade local. Lubrificação adequada e respeito aos marcos de conforto evitam trauma. Em dúvidas, retorne para avaliação.

Custos e cobertura por planos de saúde

A cobertura pode variar conforme operadora e diretrizes assistenciais. Quando há indicação clínica (dor, dermatite recorrente, higiene difícil), a justificativa médica é mais robusta. Para motivo estético isolado, tende a não haver cobertura. Consulte seu plano com relatório do especialista.

Honorários, centro cirúrgico/consultório e eventuais materiais influenciam o valor. Orçamentos transparentes e consentimento esclarecido evitam surpresas.

Mitos e verdades:

Mito: “Plicoma é hemorroida.”
Verdade: é pele redundante.
Mito: “Sempre precisa de pontos.”
Verdade: no laser, às vezes dispensa.
Mito: “Dói muito.”
Verdade: dor é geralmente leve/moderada e controlável.
Mito: “Volta sempre.”
Verdade: o mesmo plicoma não volta; podem surgir novos se a causa persistir. 

Dicas práticas para um pós-operatório tranquilo

Planeje a semana: fibras, água, analgésicos prescritos e higiene suave. Evite papel seco e esforço evacuatório. Use roupa leve, reduza atrito e siga os retornos. Em sinal de alerta (febre, sangramento intenso, dor desproporcional), procure o proctologista. 

Dicas:

  • Psyllium e água divididos ao longo do dia.
  • Banho morno de conforto (se indicado).
  • Evitar cremes não prescritos.
  • Comunicação aberta com a equipe assistente.

Perguntas que vale levar ao consultório

 “Sou candidato ao laser?”, “Qual o tamanho dos meus plicomas e quantas áreas operar?”, “Haverá pontos?”, “Quais cuidados nos primeiros 7 dias?”, “Quando posso trabalhar/treinar?”, “Como evitar novos plicomas?”, “Quais sinais indicam retorno precoce?”.

Levar anotações objetivas melhora a consulta e alinha expectativas, incluindo aspectos estéticos, cicatriz e plano para causas de base (hemorroidas, constipação, dermatite).

FAQ (10+)

1) Plicoma é perigoso?
Geralmente não. É excesso de pele benigno; a remoção é indicada por sintomas/higiene/estética, após avaliação.

2) Posso tirar em casa?
Não. Remover fora do ambiente médico aumenta risco de sangramento, infecção e cicatriz inestética. 

3) Precisa de internação?
Em muitos casos, não. O procedimento é ambulatorial, com alta no mesmo dia. 

4) O laser deixa menos cicatriz?
A cicatriz depende de biotipo, cuidado e técnica. O laser ajuda na precisão e hemostasia, o que pode favorecer resultado estético em casos selecionados. 

5) Há pontos?
Nem sempre. O laser pode permitir cicatrização sem sutura em plicomas pequenos/médios. Decisão é intraoperatória. 

6) Banho de assento funciona?
É confortante para muitos pacientes; a evidência de benefício objetivo em dor/cura é mista. Use se indicado pelo seu médico. 

7) O que piora no pós?
Atrito, papel seco vigoroso, constipação e esforços. Priorize fezes macias e higiene suave. 

8) Pode voltar?
O plicoma retirado não volta, mas novos podem surgir se persistirem causas (hemorroidas/constipação/atrito).

9) Quanto tempo até treinar?
Atividades leves: 1–3 dias; exercícios de atrito: após cicatrização confortável (2–4 semanas em média). 

10) É só estética?
Não. A remoção pode melhorar higiene, reduzir dermatites e desconforto funcional.

11) Quem realiza o procedimento?
Proctologista/coloproctologista é o especialista mais indicado para avaliação e tratamento. 

Considerações Finais

A plicomectomia a laser é uma alternativa moderna e precisa para remover plicomas anais sintomáticos ou incômodos, com recuperação prática e alto índice de satisfação quando bem indicada. O melhor resultado nasce do diagnóstico correto, controle das causas de base, técnica segura e cuidados pós-operatórios simples, mas consistentes.

Dra Clarisse Casali - Proctologista Barra da Tijuca
Dra. Clarisse CasaliProctologista Rio de Janeiro / Proctologista RJ / Proctologista Ipanema / Proctologista Barra da Tijuca

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Sou Dra. Clarisse Casali, Proctologista do Rio de Janeiro (Sociedade Brasileira de Proctologia), Especialista em Saúde do Intestino. Residência médica em coloproctologia HFCF/Min.Saúde. Especialista em Saúde do Ânus. Pós-graduação pelo Hospital Albert Einstein – SP. Especialista no tratamento de Hemorroidas, Especialista  em colposcopia anal – American Society of Cervical Patology⚕️.
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Fontes:

Estudo prospectivo brasileiro (2025) sobre ressecção ambulatorial de plicomas anais com laser de CO₂ sob anestesia tópica/infiltrativa:

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